Todo o mercado de alimentos continua a crescer em dois dígitos (+14.2 em 2018, na categoria de produtos de pequeno-almoço). Apenas o 'integral verdadeiro'no entanto, oferece benefícios reais para a saúde. O 'integral falso', por outro lado, carece das virtudes do grão integral e pode até ter contra-indicações. Guia de compras, com estímulo aos controles públicos oficiais.
Fibra alimentar e saúde
OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o consumo regular de grãos integrais, frutas e vegetais para mitigar os riscos de obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes. Quais as fontes naturais de fibra alimentar, para as quais a capacidade de:
- regular a funcionalidade do intestino e prevenir algumas patologias (graças à redução do tempo de contato das paredes intestinais com substâncias residuais, cuja reabsorção também é impedida),
- modular a taxa de assimilação de nutrientes (carboidratos e gorduras). Prevenindo assim os 'picos' de glicose e colesterol no sangue imediatamente após as refeições, e ajudando a controlar os seus níveis sanguíneos,
- retardar o esvaziamento do estômago e ajudar a manter a sensação de saciedade por mais tempo.
A pesquisa mais ampla nunca realizado sobre o assunto - Publicados em janeiro de 2019 no The Lancet - associa uma redução de até um terço das causas de mortalidade prematura ao consumo regular de fibras. Outro estudos recentes mostram o impacto favorável das fibras no microbioma.
Cereais refinados e 'falsos inteiros', virtudes perdidas e possíveis contra-indicações
As “falsas integrais” são produtos elaborados com farinhas refinadas (por exemplo, farinha 0, farinha 00) às quais se adiciona farelo (ou farelo pequeno). No entanto, o processo de refino reduz drasticamente a qualidade nutricional dos alimentos. Já que se elimina a parte mais preciosa da semente, o germe, onde se concentram as vitaminas (do grupo B, E) e minerais como zinco, selênio, cobre, magnésio e fósforo. A tabela a seguir destaca a perda de micronutrientes na farinha refinada 'tipo 00'.
Adicionando fibras 'externas' a uma farinha refinada, além disso, pode apresentar contraindicações que não devem ser subestimadas. Uma ingestão imprudente de fibras em relação ao equilíbrio natural das matérias-primas vegetais e dos alimentos que as contêm pode, de fato, levar a problemas ligados a uma velocidade excessiva do trânsito intestinal. A curto prazo (inchaço, tensão abdominal, flatulência) e a longo prazo, mesmo com inflamação crônica. Além da má absorção de nutrientes e micronutrientes essenciais para o organismo, como cálcio e ferro.
Conclusões, guia de compra
I reivindicar nutricional 'fonte de fibraérico em fibra'não são suficientes para qualificar um alimento como 'bom para a saúde'. Uma vez que estas indicações se limitam a certificar a presença única, no produto, de uma determinada quantidade de fibra alimentar. (1) Em vez disso, é necessário verificar a lista de ingredientes, para distinguir:
- os verdadeiros produtos integrais, elaborado apenas com farinha integral (no máximo com a adição de farinhas conhecidas comosemi-integral'o'não muito refinado', como 'tipo 2'), em comparação com
- 'falsas integrais', que indicam na lista de ingredientes a presença de farinhas refinadas ('tipo 0' e 'tipo 00') e farelo ou 'cruschello', ou outros'fibras vegetais'.
Compras eles devem ser voltados apenas para produtos autênticos de grãos integrais. Aguardando as autoridades encarregadas dos controles públicos oficiais para restabelecer a ordem neste setor do mercado, novamente cheio de rótulos e propagandas enganosas.
Dário Dongo
Note
(1) O regulamento 'Alegações nutricionais e de saúde«(NHC) prescreve a presença de pelo menos 3 g de fibra por 100 g de produto (ou pelo menos 1,5 g de fibra por 100 kcal), como condição para alegar a presença de fibras no rótulo. Dobre o valor para reivindicar o alto conteúdo. Veja reg. CE 1924/06 e emendas subsequentes, Anexo
Dario Dongo, advogado e jornalista, doutor em direito alimentar internacional, fundador da WIISE (FARE - GIFT - Food Times) e da Égalité.